out of my book

Friday, February 29, 2008

todo dia é igual ao domingo (29/02/08)

Trudging slowly over wet sand
Back to the bench where your clothes were stolen
This is the coastal town
That they forgot to close down
Armageddon - come armageddon!
Come, armageddon! come!

Everyday is like sunday
Everyday is silent and grey

Hide on the promenade
Etch a postcard :
How I dearly wish I was not here
In the seaside town
...that they forgot to bomb
Come, come, come - nuclear bomb

Everyday is like sunday
Everyday is silent and grey

Trudging back over pebbles and sand
And a strange dust lands on your hands
(and on your face...)
(on your face ...)
(on your face ...)
(on your face ...)

Everyday is like sunday
Win yourself a cheap tray
Share some greased tea with me
Everyday is silent and grey

Thursday, February 28, 2008

a verdade estava aqui o tempo todo (28/02/08)

Sunday, February 17, 2008

história do Rock progressivo - parte 2 (17 / 02 / 08)

Os anos 80



(Pageant - Mosaique de la Reverie)
Numa época aonde o Punk estava consolidado , inclusive com o surgimento do “pós Punk” – centrada em bandas como The Smiths, Echo & The Bunnymen, Depeche Mode e outras – o progressivo estava amargado a ser um estilo “de uma fase”, agora esquecido. Isso poderia ser uma verdade, se não acontecesse um fato inusitado: o Japão havia descoberto o estilo. E era um estilo de moda lá. Assim, muitas gravadoras japonesas relançavam álbuns clássicos, e pediam encomendas de bandas novas. Como os membros do Locanda delle Fate disseram em entrevistas, estavam com 80 % da tiragem de seu álbum encalhada, quantidade esta que foi rapidamente vendida ao Japão no início dos anos 80. os relançamentos de álbuns obscuros e raros dos anos 70 permitiram a muitos ouvintes novos terem acesso a raridades do estilo, e o conhecer melhor. E isso sem falar nas bandas novas japonesas: Ain Soph (1983), Bi Kyo Han, (1982), Kenso, (1982), Mugen (1984), Outer Limits (1980), Pageant (1986), Teru´s Simphonia (1983), Vermilion Sands (1987)...

(Kenso - Kenso)

Isso tudo foi como uma “preparação de terreno’ para o retorno do progressivo. Tudo foi graças a quatro bandas; Saga, IQ, Pendragon e Marillion.
A canadense Saga surgiu por volta de 1978, e impressionou a todos com um álbum chamado Worlds Apart (1982). Ele continha uma sonoridade bem atualizada com o pós Punk, o Pop rock, mas com passagens virtuosas e pesadas.
Com o IQ, o Pendragon e o Marillion, tudo foi mais ousado; essas bandas demonstravam fortíssima influência do Genesis setentista, mas com uma sonoridade mais atual. É como se o Genesis nunca tivesse passado por uma fase comercial, continuasse Progressivo mesmo após o Punk. Inclusive usavam performances, marcas registradas do Genesis.

(Marillion ao vivo em 1984; maquiagens e perfomances, como o Genesis sempre personificou)
A imprensa, vendo o sucesso dessas bandas , não pôde simplesmente as chamar de “retrógradas” e “desatualizadas”; preferiram lhe dar um novo título. Estava nomeado o “Neo – Progressivo”.
Obras fundamentais desta fase : Saga – “Words Apart (1982), Pendragon “The Jewel (1985), IQ “Tales from the Lush Attic (1983), Marillion “Script for a Jester Tear (1983).

Monday, February 04, 2008

História do Rock Progressivo - parte 1 (04/02/08)

Rock Progressivo é um estilo de música eclético, ambicioso e dependendo do ponto de vista, grandioso. Ele surgiu no final dos anos 60, tendo sua maior evidência na Inglaterra, alcançando o pico de sua popularidade no período 1971 - 1975, mas ainda existindo até hoje. É um estilo predominantemente europeu, mas com interessantes vertentes nas américas e na ásia. Através dos anos, vários sub-gêneros do Progressivo vieram a surgir, como o Rock Sinfônico, Art - Rock, Metal progressivo...
Primariamente, os artistas progressivos buscam romper as fronteiras do formato musical convencional do Pop. "progredindo" o Rock até um ponto emque ele alcançe a sofisticação do Jazz e da música clássica. É admirado pelos fãs por sua complexidade, requerindo um alto nível de virtuosidade musical para ser executada na maioria das vezes; isso leva as mais comuns críticas ao estilo, que o consideram pomposo e pretencioso. Isso se deve ao fato de o Progressivo não ser consistente como o Reggae ou o Hip-Hop, sendo difícil de definir de forma conclusiva. Porisso,existem bandas que até hoje originam debates sobre serem progressivas ou não.

(The Nice, ao vivo em Plumpton, 1969, com orquestra)

Alguns elementos que caracterizam o estilo:

= Longas composições, que ás vezes duram mais de 20 minutos, com melodias intrincadas e harmonias que requerem repetidas audições para serem compreendidas. São também descritas como épicas pela sua semelhança com a música clássica. Exemplos referentes são músicas como "Close to the Edge" do Yes (18 minutos); "Echoes", do Pink Floyd (23 minutos); "Supper's Ready", do Genesis (23 minutos); "Thick as a Brick" do Jethro Tull (43 minutos). Mais recentemente, encontramos casos extremos como Light of Day, Day of Darkness do Green Carnation com seus 60 minutos.
= Letras com temáticas mais intrincadas, temas mais complexos, falando de ficção científica, fantasia medieval, história, religião, guerra, amor, insanidade, filosofia .. tudo de um modo mais denso. Houveram bandas - como as alemãs Floh de Cologne e Amon Duul, ou as italianas Area e Banco del Mutuo Soccorso - que falavam principalmente de temas políticos e sociais.
= álbuns "conceituais", aonde um tema comum é explorado através de todas as faixas do álbum, como um filme, ópera ou peça. Grandes exemplos são "The Lamb Lies Down on Broadway" do Genesis, "Tales from Topographic Oceans" do Yes, "2112" do Rush, "The Wall" do Pink Floyd, e mais recentemente "Snow" do Spock's Beard.
= usos incomuns dos vocais, assim como presença de contrapontos e estranhas harmonias, vide bandas como Magma e Gentle Giant.
= incomum instrumentalização. Particularmente nos teclados, aonde usam órgão, piano, Mellotron e Moog; mas, há outros estranhos instrumentos como osciladores, instrumentos orientais, e de música clássica e medieval - violinos, sopros, violas, bumbos... muitas vezes em parceria com a tradicional indumentária roqueira de guitarra / baixo / bateria.
= incomuns estilos rítmicos, afinações e escalas.
= adaptação de momentos clássicos em seus álbuns. Emerson, Lake and Palmer fizeram mais de uma vez versões "roqueiras" de músicos clássicos como Copland, Bartók, Moussorgsky, Prokofiev, Janacek, Alberto Ginastera. Procol Harum adaptou no seu solo de Repent Walpugis o "cravo bem temperado" de Bach. Renaissance citou Prokofiev em Running Hard. Jethro Tull transformou a clássica Bourée de Bach numa "canção Jazz de casa noturna", como o vocalista Ian Anderson uma vez comentou. O Pell Mell, no seu álbum From the New World, fez versões de Bach e Dvorak. A banda colombiana Canários, no seu álbum Ciclos adaptou as quatro estações de Vivaldi. E muitos outros exemplos.
= uma igual busca de complexidade na arte visual dos álbuns. Assim, capas impressionistas, surrealistas, soam como se quisessem preparar o ouvinte para a complexidade musical contida. Dentre os mais famosos, vale citar o trabalho de Roger Dean, famoso pelas inconfundíveis capas que fez para o Yes, de alta fantasia e beleza. E os trabalhos extremamente surreais da Hipgnosis, uma empresa que se especializou em capas assim, e ficou famosa pelas capas que fez para o Pink Floyd, incluindo a de Dark Side of the Moon, Atom Heart Mother e Wish You Where Here.

Um pequeno resumo e análise situacional da história do Rock progressivo (1967 – 2004)
Adaptado de texto de Lucas BIELA

Final dos anos 60 – início dos anos 70
Muitas vezes pessoas me perguntam qual a relação entre o Rock Progressivo e o psicodelismo. Acho que a definição mais plausível é que o Progressivo foi um desenvolvimento do que se estava fazendo em matéria de Psicodelismo. Grandes músicos e bandas da cena psicodélica – como Jimi Hendrix e o Pink Floyd de Syd Barrett – começavam a querer explorar composições mais “clássicas” e complexas. Mas, dentre elas, houveram três que levaram inicialmente essas idéias em prática: o Procol Harum (que possui no seu primeiro compacto o maior sucesso da banda, A Whiter Shade of Pale), que fez algo marcante; ao invés de centrar suas composições nas guitarras e baterias, colocou o órgão á frente. Isso trouxe ao som da banda um ar mais “onírico” e introspectivo, culminando na Repent Walpurgis, música aonde adaptaram “o cravo bem temperado” de Bach. Isso em 1967, auge do psicodelismo. A segunda banda foi o Moody Blues; em 1967, lançaram o álbum “Days of Future Passed” que trazia duas inovações de uma vez: unia banda e orquestra, numa composição em conjunto, não meramente acompanhamento; e este álbum é conceitual, o primeiro da história do Rock – ele conta através de suas músicas o passar do dia em uma pessoa, desenvolvendo as canções como “manhã”, “meio-dia”, “tarde”, “noite”... ao mesmo tempo em que os Beatles desenvolviam seu Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band – que também consideram conceitual. E a terceira, foi o The Nice, surgido em 1967, um quarteto que depois se tornou power trio, aonde tocavam um Rock misturado com Jazz bem furioso, e várias citações de música clássica. Desta banda se originou Keith Emerson, que depois formaria o Emerson lake and Palmer, uma das bandas fundamentais do estilo.


(Moody Blues - days of Future passed)

A partir de 1968, as bandas psicodélicas começaram a explorar mais variações em seus estilos. Surgiram bandas como o Jethro Tull, que fazia um Blues centrado em flauta. Surgiu o Yes, um psicodelismo jazzístico que anos depois seria a base para o Progressivo sinfônico. E a consagração viria no festival do Hyde Park, em 1969, quando uma banda que escolheu seu nome poucos dias antes do seu show de estréia se apresentou abrindo para os Rolling Stones, no show em homenagem ao recém falecido Brian Jones. Essa banda seria o King Crimson, e tocaram para milhares de pessoas. Os jornais, não compreendendo como definir o estilo de músicas como In The Court of the Crimson King, chamaram o estilo que tocaram de Rock Progressivo.

E assim o estilo estava nomeado. Outras bandas surgidas desde 1968 começaram a ter suas sonoridades únicas classificadas. O início dos anos 70 trouxeram uma gama de bandas e estilos cada vez mais criativos e de forte influência musical no mundo todo. O Pink Floyd, agora sem Syd Barrett, passou por uma sonoridade extremamente surrealista e experimental, registrada nos álbuns More e Ummagumma, até culminar no seu incrível Athom Heart Mother, de 1970, aonde eles compõem uma suíte de 20 minutos acompanhados de uma orquestra; King Crimson e Van der Graff Generator iniciam um estilo sinfônico mais pesado, quase Hard, a partir de 1970. o Gênesis, surgido em 1969 como uma “resposta” aos Bee Gees, compõem de forma pesada e sinfônica em Trespass (1970).surgem uma infinidade de bandas que depois influenciariam o estilo – ELP, Gentle Giant, Caravan, Soft Machine, Renaissance, ... e, mesmo surgindo bandas no mundo inteiro influenciadas por estas citadas, haviam ainda bandas que criavam seu som de forma única, na mesma época. Não há similar britãnico para o som de bandas como as alemãs Embryo, Amon Düül, Kluster, Tangerine Dream – todas surgidas em 1969; ou as italianas Banco Del Mutuo Soccorso e Balleto di Bronzo– surgidas em 1970.

Assim, no início dos anos 70, tínhamos 3 sub – gêneros estabelecidos: o progressivo sinfônico (por Yes e Genesis), o cantebury sound (Caravan e Gong) e o hard prog britânico (King Crimson, Van der Graaf Generator).

Os anos 70
O período entre os anos 1971 e 1974 pode ser considerado a época áurea para o estilo. Apesar de sempre considerado “alternativo”, o Progressivo dispunha de certo status no cenário musical mundial. É simplesmente enorme a quantidade de bandas e subdivisões dentre o estilo, e as bandas inglesas passaram a influenciar novas bandas no mundo todo. Mas...tudo era centrado no que as bandas inglesas mais famosas faziam. Assim, temos na contramão da cena inglesa em maior destaque a cena Hard Alemã – que foi localmente apelidada de Kraut Rock – e o cenário italiano, que, após o surgimento do Banco, que possuía uma sonoridade influenciada não pelo sinfônico inglês, mas pelos compositores clássicos italianos (Vivaldi, Rossini, Paganini), tinha a crítica inglesa como “inimiga” do prog inglês. Assim, dezenas de bandas não conseguiam passar do primeiro disco porque a crítica os taxava como “imitadores de Yes e Genesis”, condenando seus discos ao fracasso comercial.
Uma discografia básica desta fase áurea:
Pink Floyd – Atom Heart Mother (1970), Dark Side of The Moon (1973), Wish You Were Here (1975)
ELP – Tarkus (1972), Trilogy (1973);
Yes – Close to the Edge (1972), Relayer (1974), Fragile (1971)
Genesis – Nursery Cryme (1971), Selling England By the Pound (1974)
Renaissance – Ashes are Burning (1972)
Gentle Giant – Octopus (1973), Free Hand (1975)
Jethro Tull – Aqualung (1971), Thick as a Brick (1972)
Focus – Moving Waves (1971)
Camel – Mirage (1974)
King Crimson – In the Court of the Crimson King (1969), Lark´s Tongues in Aspic (1973)
Amon Düüll II – Wolf City (1972)
Banco del Mutuo Soccorso – Darwin! (1972)



Fragile, do Yes... a belíssima arte de Roger Dean, que foi expulso do John Mayall and the Bluesbreakers aos berros de "cara, desiste! você não toca p***a nenhuma!!" daí, ele virou desenhista. ainda bem!!!!

Contudo.. o progressivo começou a entrar em decadência – crítica, não criativa – no período entre 1975 e 1977. O surgimento dos estilos Funk / Disco e o Punk Rock fizeram com que a crítica musical visse o progressivo como algo prejudicial para a música. Um novo perfil estava surgindo nas rádios, aonde músicas de 20 minutos impediam a inclusão de comerciais. E as músicas precisavam ser mais facilmente “assimiláveis”. Assim, o Progressivo passou a representar um estilo de gente “exibida”, aonde para tocá-la seria necessário no mínimo ser um músico formado, diferente do que se pensava agora de Rock, como um estilo visceral e furioso, direto e rápido, aonde qualquer um poderia ser músico.
Ainda assim muitas bandas incríveis surgiram no período entre 1977 e 1980. Mesmo amargando fracassos de vendas, tendo discos lançados de forma independente, auto custeados, lançados por pequenos selos de colecionadores, surgiam novas bandas. E as grandes, começaram a “amenizar’ sua sonoridade, lançando discos que em muito pouco lembra a genialidade de suas fases áureas. Vide ELP e seu “Love Beach (1978), Yes e seu Tormato (1978), Genesis e seu Duke (1980), Renaissance e seu Azure D´or (1979), Gentle Giant e seu Missing Piece (1977), Jethro Tull e seu A (1980).
Pérolas marcantes do estilo, surgidas entre 1976 e 1980: 10000 anos depois entre Vênus e marte, do músico português José Cid (1978); si Tudo Haciera, do espanhol Crack (1979); Head Room do canadense FM (1977); Forse leluccioli non si amano piu, do italiano Locanda delle Fate (1977); Fresh Aire do Mannheim Steamroler (1975); Battlement, do Neuschwanstein (1979).Skryvania, “same”(1978), Tibet , Same (1978).. muitos outros.


no próximo capítulo.... como ficou o cenário Progressivo de 1980 até hoje.

Sunday, February 03, 2008

Pan Ron (04/02/2008)


Enquanto pan Ron foi a segunda dama da música Khmer durante os anos 60 e 70, mas muito pouco sabemos de sua vida pessoal. Em vida, compõs e executou centenas de cançõesm e teve sua carreira – e sua vida - abruptamente encerrada.
Pan ron foi a segunda voz mais famosa da cena musical do Camboja. Iniciou sua carreira no início dos anos 60, mas começou a fazer sucesso a partir de 1966, quando passou a colaborar com o já famoso cantor Sinn Sisamouth. A partir daí, sua carreira teve uma seqüência de hits de sucessos, seja cantando sozinha, seja em parceria com Sisamouth, Ros Serysothea, e outros cantores de renome.
A própria Pan Ron se empenhava na popularização do “Rock Cambojano”, chamado de “Khmer music”. Seus participantes eram influenciados principalmente pelo Rhythm & Blues, Rock´n´Roll e temas latinos. Não haviam lançamentos de álbuns ocidentais, porisso tudo que eles conheciam de música americana vinha das viagens que Sisamouth fazia, aonde ele trazia muito material do ocidente, e de captação de transmissões de rádios da forca aérea americana, durante a guerra do Vietnã.
Com essas influências, misturadas ao som tradicional do Camboja, surgiu o verdadeiro Rock Cambojano. E Pan Ron com seu vocal peculiar, trazia ao mesmo tempo uma sonoridade elétrica e espirituosa, uma música ao mesmo tempo insana e Soul, alegre e engraçada. Um resumo de todo o Rock cambojano.