out of my book

Thursday, July 20, 2006

CAPÍTULO 6

Ilhado mais uma vez no Terminal Tietê... ela não iria me pegar na rodoviária... e a memória me trai. Onde mesmo eu pegava o ônibus para Guarulhos (SP)? Certo. Quem tem boca vai à Roma, já diziam os velhos provérbios. Andei um quarteirão, com peso extra, e encontrei o ponto. Só que os noticiários do dia anterior eram verdade - devido a novos ataques do PCC incendiando önibus, eles pararam de circular, ou circulavam de forma reduzida. Enfim, ali me encontrava com um problema inédito, em todas as vezes que fui à São Paulo (SP): o metrô não me servia, e não havia ônibus para eu sair da rodoviária. E, irônico, o real motivo de eu estar ali estava a, também, um quarteirão de distância - o evento de desenhos japoneses e afins Anime Friends, na Uni Santana.
A discussão da noite anterior já havia retirado todo meu prazer de estar ali. Como eu poderia passar uma semana com uma pessoa que havia me tratado como capacho? Como eu sairia dali? O que eu faria? Pensei em voltar pra casa. Não. Isso não. Esperei meses por esta viagem, não iria desistir por um mero probleminha passional. Engolia meu orgulho? Seria a opção mais fácil. Mas, quem deprecia uma vez, deprecia três ou cinco. E aquela não havia sido a primeira vez. Não. Vejamos... telefones, telefones... conseguimos outro local para ficar. Por que tudo na minha vida tem que ser na marra? Por que não posso simplesmente ser passivo, e me submeter a tudo? Aceitar os comentários maldosos e deixar que me humilhem? Viver seria tão fácil... desculpem. Não sou assim. Já fui uma pessoa muito passiva, e não consegui nada além de ser usado mais e mais. Talvez me achem mesquinho por pensar assim.. mas este sou eu. Tentei. Se não conseguisse sair da situação, a suportava; mas, consegui. Tinha outro lugar para ficar. Fiquei sentado das 4 da manhã até as 10 horas refletindo se estava fazendo a coisa certa. Toda ação leva a uma conseqüência, e eu quis suportá-la. Deixei a mala extra no guarda-volumes da rodoviária e segui meu caminho. Tinha uma vida me esperando - a minha. E não iria deixar de vivê-la. Afinal, os ônibus às 10 horas haviam voltado. Não havia mais por que ficar ali na rodoviária esperando alguém vir me salvar. O náufrago só tem duas opções: viver para sempre na ilha deserta, ou tentar sair dali, arriscando sua vida.

CAPÍTULO 7

É incrível que uma cidade como São Paulo (SP) tenha um sistema de transporte de ônibus tão deficiente. Fiquei num bairro chamado Casa Verde. Da janela da casa, se tinha uma vista do Sambódromo paulista, e do centro. Tudo perto. Mas, transporte para lá.. horrível. Inviável. Confuso. Rotas que dão dezenas de voltas. O sistema do Rio de Janeiro (RJ) é bem planejado, voltado para o centro. os problemas do Rio são o excesso de linhas de ônibus na Zona Sul, o que leva a enormes engarrafamentos destes veículos; e o descaso das linhas nos subúrbios mais longos, com falta destes. Já São Paulo, os ônibus são velhos, feios, desconfortáveis, e de rotas nada práticas. Se o local não é próximo do metrô, está ferrado. Outra coisa que achei incompreensível: não há linhas que rodam na madrugada. No Rio, existem linhas "básicas", fundamentais que rodam a noite toda; já em São Paulo, vi que isso não ocorre. O metrô carioca também é muito mais bonito, mas não é tão prático, veloz e funcional do que o paulista. Ah! isto pode não ser agradável para paulistas... mas, os ônibus do Rio sempre são conduzidos de forma mais.. veloz. Isso soa perigoso para alguns, mas para um carioca, a lentidão dos veículos paulistas, mesmo em ruas de pouco trânsito, irrita severamente gente como eu.. hehe. Força do hábito. Até vai um conselho: quando viajar num ônibus urbano do Rio, segure-se bem na barra de ferro - os motoristas cariocas CORREM.

CAPÍTULO 8

É DELICIOSO andar por uma cidade que não se conhece sozinho. Quando não se perde, claro... até o lixo parece interessante. As ruas de São Paulo (SP) me chamam a atenção pelo excesso de ladeiras. Não parece existir uma rua plana! Sempre há uma ladeira... cada vez mais angular. Anda-se dois quarteirões e se tem uma paisagem da cidade. Me sentia um cabrito. Bem.. ponto de önibus... pegar önibus.. perguntar ao passageiro do lado como descer no metrö... pegar o metrö em Santana, descer no Tietê... e seguir a multidão, que caminhava para o Anime friends. E.. que multidão!! Nossa!! Quanta gente!!!!
Droga.. não tinha ingresso.. não consegui ingresso antecipado. Como eu faria? Será que as lendas eram verdadeiras? Me dizem de casos de pessoas que ficam 5 horas na fila desse evento, ou perdem o dia inteiro, desistem e não conseguem entrar... não queria isso pra mim. Bom, organizo os pensamentos. Vou comprar uma cartolina para servir de placa e xerocar meu zine. Se não puder entrar, pelo menos conhecido eu serei. Nisso, na loja de xerox.. um rapaz havia desistido! Estava vendendo ingresso antecipado!! Que sorte!
Agora, sigo para o final da fila. Com um cartaz indicando que procuro meus amigos do RPG. Nossa.. que fila enorme...

Wednesday, July 19, 2006

GENESIS - ONE DAY
Não me leve a mal
Acho que estou apaixonado
Mas o sentimento da palavra é mais
Do que seus olhos cristalinos podem ver em mim
Não me leve a mal
Abra seus olhos
Apesar de eu não puder abrir meu coração
Observarei e irei esperar enquanto você estiver perto de mim

Pássaros no céu
Podem me emprestar suas asas?
Em breve eu perguntarei ao meu amor
Se quer viajar comigo para o mundo exterior
Cerejeiras
Podem me emprestar suas flores?
Em breve eu perguntarei ao meu amor
Se quer entrar no ninho que construí sozinho

Amigos animais
Me ajudem a decidir
Quando devo pedir ao meu amor para partir
Imploro para que ela diga sim para mim
Respiro fundo
Agora é a hora
Ela olha pra mim e gentilmente sorri
Como se ela soubesse desde o início o que quero lhe pedir

Um dia te pegarei
E te trarei ao meu lado
Um dia te tirarei
Do tédio de nossas vidas
Um dia voaremos
Para o reino dos meus sonhos
Um dia encontrarei a mim mesmo
E envolverei no amor que sinto por você.

Monday, July 17, 2006

calma.. continuarei em breve a história do Underground. por enquanto, continuarei com a história de minha última viagem pra São Paulo, enquanto a coisa ainda está fresca na minha memória. obrigado aos que escreveram comentários, os que tem me perguntado pelo Blog.

LONGA JORNADA NOITE ADENTRO

Este é o nome de um fanzine que eu fazia... ele trata de um assunto incomum, se falando de zines.. ele trata de viagens. Experiências, situações inusitadas, cômicas, tristes... tudo relacionado à viagens. Como fiz uma viagem à São Paulo (SP) estes dias, resolvi reviver o espírito do zine. Mas.. vocês perceberão que ele não é meramente um diário de bordo.. é uma experiência compartilhada. Espero que gostem.. tomará alguns capítulos aqui no blog.

Antes de mais nada, devo apresentar a constatação do que é uma "viagem", para mim...

CAPÍTULO UM - O QUE É VIAJAR
Alguns de vocês já perceberam uma viagem como sendo uma espécie de "experiência sensorial"? ela começa no ritual da preparação de uma mala. Nada parece caber nela. E quando volta, nunca mais consegue se Ter o mesmo volume.. ela parece menor ainda. A travessia até a rodoviária, a inevitável observação dos volumes que outros carregam, a demora nas outras pessoas em se ajeitar nos bancos do önibus.. tudo, pra mim, é interessante. Mas, o ponto alto.. é a estrada.
Sempre vejo a estrada, ou a viajem em si, como um disco de vinil. Alguma vez você já parou na beira de uma estrada? Esse é o ponto: quando você está parado numa estrada, ela se torna um LUGAR. Agora, quando você está em movimento, ela se torna uma VIAGEM. É semelhante aos discos de vinil; tendo-o parado em suas mãos, ele é apenas um CÍRCULO COM SULCOS. Quando você o coloca em movimento... ele se torna MÚSICA. Talvez o que eu esteja dizendo soe muito insano, até um pouco forçado, problemático... mas, ora... é assim que eu vejo essas coisas...

CAPÍTULO DOIS - CARGA PESADA
Tudo estava fadado ao fracasso. Não consegui montar a fantasia, que prometi que iria usar... estava incerto sobre variadas coisas... tinha medo de gastar mais do que devia... e pra completar, a pessoa que me hospedaria me deixou para trazer da casa de sua mãe uma mala maior do que a minha. Choque e raiva interna. Recebo um telefonema. É a pessoa, que dispara sobre mim uma sequência de insultos gratuitos. Uma coisa marcante que sempre vi em sua personalidade, que conheço há anos, é que ela sempre é gentil e te faz sentir querido.. mas... subitamente... o ignora e o desmerece. E ali estava eu, mais uma vez se defrontando com aquele aspecto de sua personalidade que odeio. A pessoa que dois dias antes dizia morrer de saudades de me ver, feliz da vida, agora me tratava como um burro de carga, agindo como se eu fosse um escravo contratado, ou a devesse aquilo. Dane-se se está pesado, se terá problemas para trazer aqui. Você trará essa mala, não o ajudarei na rodoviária, pois odeio acordar cedo, e se vire para descobrir como vir na minha casa nova, que você nunca veio. Pouco me importa. Fuck you, jerk.
Muito bem. Levarei sua mala. Quando a gente se ver, acertamos nossas contas.
Na saída , a mãe dela me pergunta como irei à rodoviária "hum, pegarei o 260, desço na Praça da Bandeira, e pego o 264, ou o 606 até a rodoviária" expliquei. "nossa!! Com isso tudo?? Por que não pega apenas o 606? Ele passa aqui perto". "fico nervoso de pegar ele, com este volume todo.." pra quem não é do Rio de Janeiro (RJ), com certeza não conhece a fama que esta linha, a 606, de já Ter sido a linha de ônibus mais assaltada da cidade. "ora.. se pensar assim, é melhor nem sair de casa nunca mais." Ela me disse. Tem razão. Com medo, não se chega a lugar algum. Mas, coragem desenfreada leva a um suicídio. Mas, ali, tinha conseguido minha coragem. Para aguentar tudo que viria. Seja bom o ruim. E teria que controlar minha raiva.
Para testar mais meu ódio, levei as malas no 260. E desci na Praça da bandeira. E peguei o 606. E comecei minha longa jornada noite adentro.
Tenho certa dificuldade de dormir em viagem. Normalmente relaxo, e intercalo momentos de sono e despertar. Desta vez, passei a viagem inteira refletindo, treinando minhas falas, para não me entregar ao ódio. Eu prometi a uma pessoa que nunca mais me entregaria ao ódio. E passei as 6 horas de viagem tentando me acalmar.

CAPITULO 3

6 horas é um tempo de viagem um tanto complicado. Não pelo tempo da viagem em si, mas porque fica difícil conciliar o tempo; ou você é forçado a sair do Rio de Janeiro (RJ) muito tarde, zanzar pelas ruas onze horas, meia noite, com malas; ou sai da cidade dez horas e chega a São Paulo (SP) 4 horas da manhã e fica umas duas horas plantado na rodoviária esperando o dia nascer. Sinceramente, prefiro a Segunda opção, explico: o Terminal Tietê, não sei por que, me transmite uma certa segurança. Ele é muito grande, muito movimentado, mesmo de madrugada. O Terminal do Rio é pequeno, feio, poucos lugares para se sentar; no Terminal Tietê, você se sente, digamos, dentro de um Shopping. No do Rio, você se sente num galpão, um lugar desconfortável e que causa a impressão de que a qualquer momento um mendigo vai entrar e se ajeitar a seu lado para dormir. No Tietê, há lojas abertas e até lan Houses; no Rio, apenas umas bancas de jornal e as tradicionais lanchonetes. Pelo menos, comer no Terminal do Rio é mais barato.

CAPITULO 4
A passagem Rio de Janeiro (RJ) - São Paulo (SP) é mais cara do que o contrário - (SP - RJ) ; gastei desta vez R$ 57,00 na ida, e R$ 52,50 na volta. motivos óbvios: a subida da Serra das Araras, ainda no estado do Rio. para vir de São Paulo (SP), o ônibus vai apenas regulando os freios, numa descida de curvas perigosas. Já perdi a conta de quantos carros capotados vi nestas minhas viagens, ali. sim, o clima muda significantemente. Faz um frio danado lá em cima. Há essa altura, já são 3 horas de viagem, e temos nossa única parada: uma casa estilo holandês em Itatiaia (RJ). Creio que esse é o local mais caro para se comer no Brasil, nunca vi coisa igual. Pacotes de biscoitos que num supermercado qualquer custa R$1,50 ali não sai por menos que R$4,30. Resumindo: pontos turísticos são uma droga. Tem muita gente que vai pra Itatiaia (RJ) e Resende (RJ), ali perto, para escalar os Picos das Agulhas Negras, o ponto mais alto do estado, ou para conhecer colônias Hippies... é um local bonito, mas, não dá gosto comprar nada. Recomendação - se precisa comer um lanchinho, traga de casa.

CAPITULO 5

Sim.. só reparei nesta vez. Os locais se invertem, na minha preferência, para esperar nos terminais. No terminal do Rio, odeio ficar no segundo andar, prefiro ficar no primeiro, o local de embarque e desembarque. Já no Terminal Tietê, prefiro ficar no segundo andar (aonde dá acesso ao metrô) do que ficar no térreo, (o local de desembarque). Acho que tem a ver com o que eu falei no capítulo 3, sobre se sentir seguro. E o Terminal Tietê te dá acesso direto ao metrô, o que me deixa praticamente na porta de todos os locais que procuro em São Paulo (SP), com raras exceções. Sempre me indignou isso no Rio de Janeiro (RJ): você só pode sair da rodoviária de ônibus. E digo; o terminal dos ônibus urbanos do Rio é a coisa mais próxima de um depósito de lixo. Te dá uma vontade de pagar o dobro do valor de um taxi comum, só pra evitar entrar naquele chiqueiro. Só ano passado que - finalmente!! - inventaram de colocar na rodoviária uma linha de önibus especial que te leva até o metrô. Antes tarde do que nunca.

Thursday, July 13, 2006

nossa....
MORREU SYD BARRETT!!!!!!!!!!!!!!!!!

sim.. provavelmente você não o conhece,... não é de seu tempo... então, segue um pequeno resumo que puxei do Wikipedia...

Roger Keith (Syd)Barrett nasceu em Cambridge, 6 de Janeiro de 1946 . conhecido por Syd Barrett, foi um dos membros fundadores, em 1960, do grupo de rock psicadélico Pink Floyd.

Originalmente era o vocalista, guitarrista e principal compositor da banda, principalmente no seu primeiro álbum The piper at the gates of dawn (1967). Foi também o autor dos singles "See Emily Play" e "Arnold Layne", e ainda de dois álbuns a solo. Foi também um guitarrista inovador, um dos primeiros a explorar completamente as capacidades sonoras da distorção e especialmente da recém desenvolvida máquina de eco.

Embora a sua actividade na música pop tenha sido reduzida, a sua influência nos músicos dos anos 60 (e das gerações seguintes) especialmente nos Pink Floyd, foi profunda.

À medida que a popularidade dos Floyd aumentava, assim como o consumo de drogas psicotrópicas por parte de Syd (especialmente LSD), a sua apresentação nos concertos tornava-se mais e mais imprevisível e o seu comportamento geral um estorvo para o sucesso da banda. Os problemas vieram ao de cima durante a primeira digressão do grupo pelos Estados Unidos no fim de 1967, Syd começou a ficar extremamente difícil e cada vez mais ausente; tendo essa ausência e o seu estranho comportamento começado a causar problemas ao grupo.
Contam-se muitas histórias sobre o comportamento bizarro e imprevisível de Syd, algumas delas sem dúvida falsas, mas outras sabe-se que foram verdade. Numa ocasião famosa, no programa de televisão de Pat Boone, recusou-se a fingir que actuava, ficando parado, braços caídos ao longo do corpo e olhando fixamente para a câmara. Noutro incidente bem conhecido, diz-se que antes de entrar em palco Syd teria esmagado uma caixa inteira de tranquilizantes Mandrax, misturando-os com uma grande quantidade creme para o cabelo Brylcreem, depois pôs a mistura sobre a cabeça e colocou-se por debaixo dos projectores de palco; a mistura viscosa derreteu e começou a escorrer pela sua cara dando a aparência desta se estar a derreter. Outra história diz que Syd apareceu no estúdio apresentando aos colegas uma música nova chamada Have You Got It Yet. Conforme ele ia ensinando a canção ao grupo tornou-se óbvio que ele mudava os acordes cada vez que a tocava, tornando impossível a sua aprendizagem.

Tem-se afirmado que os seus problemas com a droga não teriam sido apenas da sua responsabilidade, que ele era regularmente 'doseado' (drogado sem seu conhecimento) por "amigos" que lhe davam LSD todos os dias, embora antigos amigos de Syd Barrett tenham desmentido este facto num artigo sobre Barrett publicado no The Observer em 2002.

Quaisquer que fossem as causas, o que é certo é que passados apenas dois anos da formação dos Pink Floyd, Barrett abandonou o grupo. Após ter gravado algumas partes do segundo álbum dos Pink Floyd, A saucerful of secrets em 1968 - incluindo Jugband blues, que faz referências óbvias à sua crescente indiferença em relação à banda - Barrett foi dispensado do grupo.

A intenção original era de que Barrett continuasse a contribuir para a escrita e gravação, e como ele era o principal compositor, havia a esperança que ele desempenhasse um papel semelhante ao do líder dos Beach Boys, Brian Wilson, que apesar de ter deixado de actuar ao vivo, tinha continuado a compor para o grupo. Mas Syd cada vez contribuía menos e o seu comportamento era cada vez mais errático, de tal forma que os outros membros do grupo deixaram de convidá-lo para os concertos e sessões de gravação.

O grupo contratou um velho amigo de Cambridge, guitarrista, David Gilmour, para primeiro alargar a banda e depois substituir Syd nos concertos, mas depressa se tornou óbvio que Syd nunca mais voltaria. A transição foi fácil pelo facto de Gilmour ser capaz de ocupar o lugar de Syd (foi Gilmour quem ensinou Barrett a tocar guitarra) e que mesmo que ao seu estilo faltasse o experimentalismo atrevido pelo qual Syd era conhecido, era considerado um vocalista e compositor talentoso e um guitarrista dotado. Assim, Gilmour tornou-se um membro permanente da banda, com o baixista Roger Waters a tomar a liderança do grupo.

O declínio de Syd teve um profundo efeito na escrita de Gilmour e Waters, e o tema da doença mental e a sombra da desintegração de Syd penetrou nos três álbuns de maior sucesso dos Pink Floyd, The dark side of the moon, Wish you were here e The wall.

Syd foi-se retirando do mundo da música aos poucos, embora tivesse feito uma breve carreira a solo editando dois álbuns idiossincráticos mas bastante considerados The Madcap Laughs (1970) e Barrett (1971). A maior parte do material de ambos os álbuns terá sido escrito no seu período mais produtivo (fins de 1966 e princípio de 1967), acreditando-se que terá escrito muito pouco após ter deixado os Floyd.

O primeiro álbum apresenta fortes indícios do frágil estado de espiríto de Syd, com faixas como "Dark globe" a mostrarem claramente que, apesar de ele ter bom material para trabalhar, era práticamente incapaz de participar em algumas sessões. O segundo álbum mostra um maior esforço em conseguir um acabamento mais polido. Em ambos os álbuns Syd trabalhou com o empresário dos Floyd, Peter Jenner, com Waters, Gilmour e com membros dos Soft Machine. Syd contribuiu também para a gravação do LP "Joy of a toy" de Kevin Ayers, embora a faixa em que ele tocou guitarra, "Religious Experience (singing a song in the morning)" não fosse comercializada até 2003.

Houve algumas sessões para um terceiro álbum que foram abortadas e que segundo se consta terminaram após Syd ter atacado um empregado do estúdio que lhe apresentou umas letras escritas a vermelho, e que Syd presumindo que se tratava de contas para pagar lhe teria mordido a mão[Necessita de fonte]. Syd passou muitos dos anos seguintes a pintar, e as poucas telas que ele deu ou vendeu são hoje muito valiosas. Syd continuou a pintar e muitas vezes a ouvir música, estando entre os seus favoritos os Rolling Stones, Booker T. & The MGs e compositores clássicos, não tendo dado nenhuma atenção a uma compilação dos Pink Floyd que lhe foi oferecida.

Syd continuou a sofrer de doença mental, bem como de problemas físicos provocados por uma úlcera péptica; mais recentemente foi-lhe diagnosticado diabetes. Foi ocasionalmente hospitalizado, existindo muita especulação entre os seus fãs e a imprensa sobre as causas desses internamentos. De acordo com um artigo publicado em The Observer em 2002, Syd não tomava qualquer medicação e especula-se que poderia sofrer de uma forma severa do Síndrome de Asperger. Pese o facto de Syd não ter aparecido ou falado publicamente desde 1973, o tempo não diminuiu o interesse na sua vida e obra, nem o interesse da imprensa na sua história; jornalistas e fãs continuaram a deslocar-se a Cambridge à sua procura, invadindo a sua privacidade.

O álbum de 1975 "Wish you were here" foi um tributo a Syd Barrett (que diz-se ter aparecido de surpresa numa sessão de gravação, afirmando estar pronto para trabalhar outra vez); a faixa "Shine on you crazy diamond", que abre e fecha o álbum, fala sobre Syd Barrett, conforme é reconhecido por alguns membros dos Pink Floyd. A faixa " I know where Syd Barrett lives" de Television Personalities é outro tributo bem conhecido. Supostamente, Roger Waters, usou a partida de Barrett e a sua condição, como inspiração para o álbum The dark side of the moon, assim como, terá baseado o comportamento e personalidade de 'Pink', o principal personagem do filme The Wall, na vida real de Barrett.

Em 1988 a EMI editou "Opel", um álbum de material não editado de Barrett gravado em 1970. A EMI editou também "The best of Syd Barrett - Wouldn't you miss me?" no Reino Unido em 16 de Abril de 2001 e em 11 de Setembro do mesmo ano nos EUA.

Faleceu no dia 07 de Julho de 2006 [1], em Cambridge aos 60 anos de idade. As causas não foram confirmadas[2]. Especula-se que tenha morrido por complicações relacionadas à diabete[Necessita de fonte], enfermidade da qual sofria há anos, embora o jornal inglês The Guardian diga que a causa foi câncer. Conquanto seu funeral seja aguardado por inúmeros fãs, a família declarou que a cerimônia será somente para a família.
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Discografia
The Madcap Laughs (1970)
Barrett (1971)
The Peel Sessions (1988, com material gravado no programa de John Peel, em 1970)
Opel (1988, com material inédito gravado nos estúdios da EMI, em 1970)
The best of Syd Barrett - Wouldn't you miss me? (2001, compilação)


ele escreveu letras como esta aqui.....

JUGBAND BLUES
"É horrível considerar que você que você me imagina aqui
e me sinto obrigado a te dizer para deixar bem claro
que não estou aqui
e eu nunca soube que a lua poderia ser tão grossa
e eu nunca soube que a lua poderia ser tão azul
e agradeço o fato de você ter jogado fora meus sapatos velhos
e me trouxe aqui, ao invés de me vestir em vermelho
e eu imagino quem poderia ter composto esta canção...

e eu não me importo se o sol não brilha
e não me importo se nada é meu
e não me importo se fico nervoso à sou frente
terei meu amor no inverno...

e o mar é tão verde
e eu amo o verde
e o que exatamente é um sonho?
e o que exatamente é uma piada....?

Atualização grande, grande...

Finalmente faço alguma coisa!! Não posso esperar o fotolog para sempre... tenho que atualizar..
Desta vez, como tem gente me perguntando por atualizações, vamos lá...

De mim
Faz tempo que não ficava tão gripado.. tenho deficiência de vitamina C. como descobri? No dentista. A médica percebeu que minha gengiva sangrava com facilidade. Isso é falta de vitamina C, ela disse. E, puxando na memória, quando eu era pequeno tinha muito sangramento junto aos dentes.. até me acostumava com o sabor de sangue na boca. Resultado, pego gripe com facilidade, e é uma coisa destruidora... pelo menos desta vez não deu paranóia (sim, fico imaginando coisas quando engripo. Já fiquei com a mesma estrofe de música na cabeça por horas, juro que o telhado tá respirando.. esse tipo de coisa). Mas, em compensação, os pesadelos.. melhor deixar pra lá. Bom, estou melhorando. Até a próxima mudança brusca de tempo...

Dos animes
Mahoromatic (26 episódios, duas temporadas)
Suguru é um rapaz com problemas que, dependendo de seu ponto de vista, alguns garotos matariam pra ter; sendo órfão, mora sozinho numa bela casa, mas suas perícias como "dono-de-casa" mostram que ele precisa desesparadamente de ajuda. E eis que surge Mahoro, uma garota de 19 anos incrivelmente bela e gentil, que se oferece para ser sua empregada. Possuindo habilidade sobre-humanas e admitindo ser uma ex-andróide de combate, Mahoro gera suspeitas nos amigos de Suguru, assim como outros problemas, mas ele não podia dizer "não" para uma garota tão linda e que trabalha tão bem. Infelizmente, Suguru não sabe que Mahoro só tem energia vital para viver mais 398 dias, sem contar outras razões particulares para escolhê-lo como seu patrão. Comédia / aventura

Por que assistir?
É impossível não se apaixonar por Mahoro. Ela é o tipo de amiga que todos queríamos ter; inocente, mas não burra, companheira indiferente às barreiras sociais, dedicada e sempre pronta para te fazer feliz. A história é engraçada nos momentos certos, e dramática quando convëm. E não se prende aos esteriótipos de dramas colegiais - tem boas sequências de luta. Um desenho que com certeza faz rir e vibrar.

Por que evitar?
Como grande parte das obras da Gainax (Evangelion), ela cai facilmente no erotismo explícito. Existem sequências de nudez e piadas sobre sexo que muitas vezes soam engraçadas, mas, dependendo da sua opinião sobre o assunto, com certeza muitas delas soam grosseiras. Se não gosta de animes que abordam sem sutileza esse tema, Mahoromatic pode decepcionar. E, claro, sempre dá um aperto no coração o final de cada episódio, que mostra quanto tempo de vida Mahoro ainda tem. É muito angustiante ver que aquela garota incrível vai morrer em breve.

Do Underground

Hum, devia fazer resenhas de shows.. nos meus zines, me recusava a fazer isso, mas aqui, com certeza ficaria legal. Bom, atendendo a pedidos, eu vou colocar aqui trechos de um livro que eu estava escrevendo sobre o que é o tal Underground.... será em partes, pois o texto é grande...

Underground... afinal, o que é isso??? --------------

Existem muitas definições que podem caracterizar algo como Underground. Genericamente, pode ser definido como algo "fora da grande mídia", mas o que vem a ser "Grande Mídia"?
Até ela é difícil de definir, por mais fácil que pareça. Costuma - se dizer que "grande mídia" é toda aquela informação compartilhada pela maioria da população, e que foi escolhido para ser seu estilo de vida. São todos os costumes que caracterizam uma época, os estilos de se vestir, de comer, as expressões artísticas em voga, ou seja, tudo isso encontrou uma palavra que a melhor define: MODA.
"Então, o Underground é tudo que não está na moda?" diriam. Não, não exatamente. Acho que uma melhor definição deste termo é que o Underground é tudo aquilo que está contra a moda vigente. Talvez até se considerasse o trabalho de Kandinsky, por exemplo, como algo Underground. Sim e não. Realmente, quando o trabalho de Kandinsky e sua inovação artística surgiu, foi uma afronta à moda vigente. Era o surgimento do Cubismo contra o Noveau ou o Fauvismo. Mas a grande parte da população (ou chamemos simplesmente de "Grande Mídia"), depois de passado o choque inicial, acabou aceitando o trabalho dele, e agora é até considerado um exímio artista. A mesma coisa foi vista na Exposição de Arte Moderna de 1922. Todos os envolvidos queriam inovações à arte, em total afronta às expressões vigentes. De certo modo eles eram algo "Underground". Mas, também, passado os anos, tal trabalho foi aceito pela população e agora é visto como arte representativa de sua época.
Agora explico por quê insisto tanto nesta aceitação futura e na recusa disto como sendo a melhor definição do Underground; tudo ficou mais claro com o surgimento de Andy Wahrol e sua Arte Pop.
Wahrol mostrou que qualquer coisa poderia ser moda ou arte, mostrou toda a arte que uma simples lata de sopa ou um retrato repetido várias vezes poderia ter. mostrou a banalidade do ser humano, ao dizer que todos terão seus 15 minutos de fama.
E tornou mais fácil saber o que não é Underground, com a definição da cultura POP. A cultura Pop era tudo aquilo que a população idolatrava, mas por um curto período de tempo. então, ela seria substituída por um novo ícone. Algo poderia até surgir Underground, mas ao cair na boca do povo, ela se tornaria Pop.
Em última análise, o Underground pode ser definido assim: algo que foge do convencional, algo que está à parte da moda vigente, algo que ainda não - ou nunca - se torne Pop.

(na próxima atualização, trarei a parte final deste texto, contando a história do Underground no Brasil e explicando o que vem a ser o Do It Yourself ("faça você mesmo")...

dos poemas

Claro, como poderia esquecer as letras!!! Desta vez trago uma letra da banda paulista Fellini... eles faziam um Rock estranho misturado com Samba. Hoje em dia isso soa batido, mas eles faziam isso em 1987... esta música é de seu incrível álbum "3 Lugares Diferentes" (1987), e é praticamente uma homenagem às minhas férias, vindas depois de um ano de trabalho duro.. hehe

LAVORARE ESTANCA

Cidade
Sono leve

Se vive tem que trabalhar
E mesmo se se sonha tem que trabalhar

Mil anos tem que levantar
Como um sol que não consegue andar

Assim seus sapatos devem pelejar

Mil.......

Saturday, July 08, 2006

e quanto a mim?

sim, estou me sentindo bem... faz um tempo que não me sinto. me sentia confuso me sentia só. mas,isso, acho que metade da raça humana se sente. e, o bom saber, é que tudo isso passa. cedo ou tarde. passei por experiéncias em que poderia escolher entre viver ou morrer... escolhi viver. ainda encontrava esperanças. ora, por que estou falando destas coisas? ninguém tem muito a ver com isso - apesar de todos terem suas parcelas de culpa por eu estar assim, e me ajudaram a sair dessa - .
..vamos ver o que o amanhã traz pra mim.. espero que ele seja bom pra caramba com vc que está lendo isto.
amanhá tem mais....

Chrno Crusade 1-13, 14-26 (d) ©
Série de TV, 26 episódios
Na Brooklyn de 1928, a prosperidade da época trouxe também criaturas demoníacas que não podem ser mortas por armas normais. A Ordem de Madalena se especializou no exorcismo destas criaturas, usando armas de fogo que disparam água benta e balas de prata. Dentre suas agentes, nos centramos na jovem freira guerreira Rosette Christopher e seu assistente, o demônio Chrno, na eliminação do mal, não importa quanta destruição eles causem pelo caminho, é tudo em nome do Senhor... Aventura
por que assistir?
seu início é muito engraçado, e é um tanto surreal.. uma freira que atira em demönios... e Rosette é muito atrapalhada.. risada garantida.. mas com o decorrer da série a história se torna muito dramática. o que acaba agradando tanto que curte uma comédia como quem gosta de algo mais sério.
por que evitar?
se vc se emociona fácil... bom, o final é muito dramático.. nem dá pra acreditar que a história começou pura comédia. muito bom. acima da média.

letra da vez.....
recentemente me perguntaram para indicar músicos e letristas.. eusempre tenho em mente, quando se falam de letristas, os "três Peters": Peter Hammill, Peter Sinfield e Peter Gabriel. deste último, vou trazer uma música muito estranha..

THE CHAMBER OF 32 DOORS

no topo das escadas
há centenas de pesoas
correndo por todas as portas
eles tentam achar
para si audiências
suas deduções precisam de aplausos

o rico fica na minha frente,
o pobre, nas minhas costas
eles acreditam que controlam o jogo
mas o crupiê tem outro baralho

preciso de alguém em quem acreditar, alguém em quem confiar.

prefiro acreditar em alguém do interior do que da cidade grande
pode-se julgar pelos seus olhos, olhe se puder
ele sorrirá por sua guarda
sobreviverá com dificuldade
prefiro confiar em alguém que trabalha com as mãos
ele te olha uma vez, você sabe que ele entendeu
sem precisar de escudos
quando vagando no campo

mas, aqui
estou sozinho com meu temor
com tudo que já ouvi
e cada porta
que atravesso
me traz de volta para aqui novamente
tenho que achar meu caminho

o padre e o mago
cantam todas as canções que aprenderam
e todos eles chamam meu nome
até acadêmicos
buscam palavras impressas


meu pai está à minha esquerda
minha mãe à minha direita
como todo mundo então apontando
mas nenhuma direção parece certa

prefiro confiar numa pessoa que não grita o que achou
não há necessidade de vender quando se está abrigado
se eu escolher um lado
ele não me levará para passear

de volta a aqui
este salão tem tantas portas
não tenho aonde me esconder
eu te daria todos os meus sonhos
se você me ajudasse
a achar uma porta
que não me trouxesse de volta para aqui
me tire daqui.